Arte, Expressão e Liberdade
Sobre a liberdade de se expressar por meio da arte.
11/30/2016
SE NÃO ME ENGANO
QUANDO VOCÊ FOI EMBORA
Quando você foi embora
A casa ficou vazia
A pia ficou cheia
Minha vida bagunçou.
Quando você foi embora
Eu perdi a medida
Eu me vi sem saída
A um passo do fim.
Quando você foi embora
Eu culpei o destino,
Eu chorei meus desatinos
Eu desabei.
Foi então que percebi
Que mesmo ainda junto de mim
Você ja tinha ido embora.
A sua ausência se fazia o tempo todo, todo dia:
No bom dia que não me deu
No sorriso que se perdeu
Nas vezes que não queria brincar com nosso filho
Nas vezes em que recusava me amar
Nas vezes em que me fazia esperar
Na falta de ajuda com as compras a carregar
Na resistencia do chuveiro a trocar
Na casa que a gente ainda não tinha
No carro que era só meu
Nos projetos que não se fazia
Nas cores que a casa não tinha
Eu, você, cada um na sua ilha.
Quando saí de casa,
carreguei comigo nosso filho e uma mala quase vazia
Mas de lembranças,
carreguei muitas coisas...
Até daquilo que eu não via e hoje eu consigo ver
Tudo que eu ainda não tinha
Mesmo quando tinha você.
E hoje, é triste dizer que tudo, mesmo muito difícil e ruim, ainda assim, é bem melhor sem de você.
Autora: Glenda Almeida Pratti
11/24/2016
HAVIA UM SEGREDO
Tão bem guardado, pois ninguém poderia saber
Ficou tão bem guardado que ficou esquecido
Quando veio a tona sua lembrança,
enquanto segredo, ele já não tinha mais importância...
Era muito pouco para se guardar durante tanto tempo
E tão simples que já não tem significância
Mas alguma coisa naquela época fez parecer que ele precisava de um lugar
Um lugar, não para guardar aquilo que ele era, mas aquilo que um dia ele representou.
Passados alguns anos, vejo que hoje sou mais complexa
e nem tudo o que carrego combina tanto assim comigo
É chegada a hora de descartar algumas coisas, e a outras de dar outros lugares já não tão destacados e nem tão especiais.
PELO MENOS
Pelo menos, decidir
o menos.
Pelo menos,
É mais por mim
No mais,
são menos para mim.
EU NÃO SABIA
Autora: Glenda Almeida Pratti
11/29/2015
ainda que molhada do sal de lágrima
Autora: Glenda Almeida Pratti